A AICEP apresenta o Plano Estratégico 2023-2025 e o Presidente, Filipe Santos Costa, destacou os três pilares de atuação da agência: atração de investimento, exportações e rede externa.
A agência está neste momento a acompanhar 44 potenciais projetos de investimento produtivo para Portugal que ascendem a 32,3 mil milhões, metade dos quais já são de Potencial Interesse Nacional (PIN). Quanto às exportações, a meta é colocada nos 53 por cento do PIB até 2030.
A aposta da AICEP passa pelo aumento da captação de investimento intensivo em capital e tecnologia e o fomento do reinvestimento. “Queremos alavancar o sucesso que o país tem atingido na transição energética e transformação digital para atrair investimentos na indústria verde e na economia de dados”, salientou Filipe Santos Costa. O aumento das exportações, em especial do seu perfil tecnológico, e a diversificação de mercados, sobretudo extra-EU, também são parte integrante da missão da Agência.
Uma das prioridades é promover as condições de acolhimento de projetos produtivos. “Para o fazer, estamos a assegurar a existência das condições físicas para acolhimento de projetos produtivos, como solos, licenciamentos, acessibilidades e infraestruturas de utilidade”, adiantou Filipe Santos Costa. A AICEP está atualmente a trabalhar em propostas de simplificação da gestão do território e as áreas centrais para a captação de investimento são os gases renováveis, a cadeia de valor do lítio e dos veículos elétricos e as tecnologias de informação e comunicação.
No que diz respeito à promoção das exportações, as prioridades da AICEP passam por reforçar as vendas e a presença nos mercados extracomunitários, apostar no comércio eletrónico e na capacitação das empresas nas áreas ambiental, social e de governação (ESG, na sigla em inglês), para que estas se tornem mais competitivas. As exportações atingiram os 50 por cento do PIB em 2022 e agora a meta é que atinjam os 53 por cento do PIB até 2030.
A internacionalização via e-commerce é também uma prioridade e contará com um financiamento de 23 milhões de euros até 2025 através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O crescimento do comércio eletrónico continuará a ser a principal aposta do Programa Exportar Online da AICEP e a Agência pretende também elaborar um perfil de e-commerce detalhado dos mercados de destino para apoiar as empresas que pretendem vender online nos mercados externos.
O presidente da AICEP sublinhou ainda que “Portugal pode desenvolver uma economia de dados e um ecossistema de start-ups e atividades de fintech de forma a ter acesso às principais praças financeiras internacionais”.
No que diz respeito à rede externa e à presença da AICEP nos mercados internacionais o plano estratégico da Agência prevê uma maior aposta nos principais mercados emissores de investimento e nos que têm maior potencial de crescimento. Por isso, a rede externa da AICEP prevê abrir três novas delegações em Telavive, Riade e Singapura e encerrar as delegações em Havana, Teerão e Cantão. A escolha dos locais de abertura de novas delegações da AICEP baseou-se em critérios relacionados com o potencial de atração de investimento destas praças. A escolha de Televive deveu-se ao facto de Israel ser uma praça de desenvolvimento tecnológico, enquanto a Arábia Saudita permitirá atrair investimento financeiro e Singapura apresenta-se como um hub importante para outros mercados no Oriente, adiantou Filipe Santos Costa.
Fonte: Portugal Global