O ciclo inflacionista parou nos preços na produção industrial na zona euro. É a primeira vez em 27 meses que os preços na produção no conjunto da área dos 20 do euro descem, segundo dados do Eurostat publicados esta quarta-feira. As estimativas do organismo de estatísticas da União Europeia revelam que o principal fator de quebra dos preços foi o recuo nos preços da energia.
O índice de preços na produção industrial na zona euro registou em maio uma quebra de 1,5%, a primeira em 27 meses, segundo dados do Eurostat publicados esta quarta-feira. A estimativa é para a variação homóloga, ou seja, em relação a maio do ano passado.
Desde março de 2021 que a produção industrial sofreu um surto inflacionista registando um pico de 42% em setembro do ano passado.
Os preços na produção industrial poderão ter entrado em maio em ciclo de deflação, ou seja, de quebra de preços, depois de uma desaceleração da inflação desde outubro do ano passado. O principal fator deflacionário é a energia, cujos preços à produção recuaram 9,1% em abril e 13,3% em maio.
Na zona euro, os preços na produção industrial em Portugal caíram 5,5% em maio e estão em queda desde março. A Grécia é a economia do euro com a descida de preços mais elevada, nos dois dígitos.
Mas metade das economias do euro – que são atualmente 20, depois da entrada da Croácia – ainda estão a sofrer um processo inflacionista. A situação mais grave regista-se na Eslováquia, com os preços na produção industrial a dispararem 21% em maio. As duas principais economias do euro, Alemanha e França, registaram subidas dos preços na produção em maio.
Fonte: Expresso