No 1º semestre de 2023 foram criadas 27 385 novas empresas em Portugal, o que corresponde a um crescimento de 6,3 por cento (+ 1 625 empresas) face ao período homólogo de 2022. Para além do crescimento face a 2022, o segundo melhor ano de sempre, estes valores estão apenas a 0,6 por cento do registo do 1º semestre de 2019, que foi o melhor ano de sempre no que toca à criação de empresas.
O setor dos Transportes mantém-se em destaque, representando 12 por cento do total das constituições de empresas no semestre, mais 5 pp (pontos percentuais) do que em 2022. Construção, Alojamento e restauração, Grossista, Serviços gerais e Energias e ambiente foram os outros setores que registaram mais constituições de empresas entre janeiro e junho deste ano do que no mesmo período do ano passado.
Entre os setores com uma queda na criação de novas empresas, destaca-se as Indústrias, o principal setor exportador nacional, cujo número de constituições no 1º semestre de 2023 caiu 7,3 por cento, sendo o valor mais baixo de todos os anos quando comparamos o mesmo período.
O crescimento na constituição de empresas no primeiro semestre foi transversal a quase todas as regiões. As ilhas foram as únicas regiões a registarem um número de constituições inferior ao do 1º semestre do ano passado.
Insolvências aumentam 14 por cento
As insolvências aumentaram 14 por cento no 1º semestre de 2023, com 962 novos processos de insolvência (+117 que em 2022). Metade dos setores viram as insolvências crescer neste período, com destaque para a Construção, cujo aumento de 62 por cento (+63 processos de insolvência) representa mais de metade da subida total do semestre. Em termos absolutos, as Indústrias mantêm-se como o setor com maior número de novos processos de insolvência, com um crescimento de 19 por cento (+31 processos de insolvência) neste indicador face ao período homólogo.
A região Norte concentra 44 por cento do total de insolvências do semestre e representa 70 por cento da subida global.
Mais de metade dos setores registam aumento de encerramentos nos últimos 12 meses
Os encerramentos de empresas, que atingiram valores mínimos em 2020 e 2021 devido à pandemia, estão a subir desde os 2 últimos trimestres de 2022. Analisando os últimos 12 meses, mais de metade dos setores de atividade registam um aumento nos encerramentos face aos 12 meses anteriores. Entre os setores com mais encerramentos destacam-se as Atividades Imobiliárias (+102 encerramentos, +9,6 por cento), Tecnologias da Informação e comunicação (+84 encerramentos, + 12,4 por cento), Alojamento e restauração (+62 encerramentos, +4,0 por cento) e Transportes (+42 encerramentos, +6,8 por cento).
Fonte: Portugal Global / Informa D&B