Indústria aeroespacial está pronta, mas falta de porto atrasa crescimento

[29/06/2023]

Indústria aeroespacial está em fase ascendente, mas produz orientada para fora do país. Base espacial está por cumprir e ‘players’ pedem consolidação de empresas nacionais. Regulação está a avançar.

A indústria aeroespacial portuguesa está a desenvolver-se e a crescer, observando-se dezenas de iniciativas nacionais, coordenação lusa em outras dezenas de projetos internacionais e uma proeminência de cérebros lusos nesta área. Os especialistas e players da indústria ouvidos pelo Jornal Económico assim o afirmam, evidenciando a ambição de tornar Portugal relevante nesta área. Contudo, falta ainda o essencial: resultados práticos . O que falta para os alcançar?

“Falta uma maior clareza por parte das instituições governamentais”, considera Miguel Gonçalves, coordenador nacional da Sociedade Planetária, a maior agência espacial não-governamental do mundo. O especialista salienta que a indústria portuguesa na área “é muito bem vista lá fora”, beneficiando de uma relação “umbilical” com a Agência Espacial Europeia (ESA) e da competência de “notáveis” grupos de investigação e de “astrónomos dos mais requisitados”. “Temos autênticos Cristianos Ronaldos nesta área”, refere.

O problema – salienta Miguel Gonçalves – está na “falta de pujança burocrática” e nas “tricas políticas” que condicionam a resposta aos desafios da indústria, em Portugal. O especialista diz que “falta agilizar muito rapidamente” todos os processos burocráticos, apontando o (desejado) Porto Espacial de Santa Maria, nos Açores, cujo concurso foi anulado e vai ser revisto (ver texto neste Especial).

Facto é que tarda uma solução, quando o sector privado da indústria procura bases espaciais na Europa. Portugal enfrenta a concorrência da Suécia, Alemanha, Itália, Escócia, Noruega, que também trabalham para criar portos espaciais.

Para Gonçalves, vence a corrida e ganha a atenção de todos quem for o primeiro a construir uma base espacial. “Gostaria muito que fosse Portugal, mas estou a ver o caso muito mal parado. Temos uma localização geográfica extraordinária, mas os outros concorrentes estão mais avançados nesse processo burocrático”, diz.

Fonte: Jornal Económico

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